Resumo dos resultados do Plano III | Fundação Copel


CARACTERÍSTICAS

O Plano III é estruturado na modalidade de Contribuição Variável (CV), sendo de Contribuição Definida (CD) na fase de contribuição e de Benefício Definido (BD) na fase de concessão do benefício. Em outras palavras, o benefício futuro do participante é diretamente proporcional ao saldo acumulado através de suas contribuições, da patrocinadora em seu nome e do retorno dos investimentos destes recursos. Quanto maior a reserva, maior será o benefício, caracterizando um plano CD. Esta fase é chamada também de capitalização, pois cada participante possui conta individual, a qual é rentabilizada mensalmente de acordo com o retorno dos investimentos. A capitalização possui política de investimentos própria com o objetivo de atingir o melhor resultado com diversificação de classe de ativos.

Ao se aposentar, o participante passa a ter direito a um benefício mensal vitalício, caracterizando um plano BD, calculado através da aplicação de um fator atuarial sobre o saldo acumulado da poupança previdenciária. Nesta fase, os participantes deixam de ter conta individual, passando a fazer parte de um grupo mutualista, característica inerente ao pagamento de um benefício vitalício. Por esta razão, esta fase é chamada de mutualismo, com política de investimentos também própria com o objetivo de garantir o pagamento do benefício, sem riscos para os aposentados.

PATROCINADORAS DO PLANO

• COPEL
• COMPAGAS
• FUNDAÇÃO COPEL
• LACTEC
• TRADENER
• UEGA
• ELEJOR


QUADRO DE PARTICIPANTES DETALHADO

 

BENEFÍCIOS E CONTRIBUIÇÕES (R$ Mil)


O valor acima é resultado da soma dos benefícios pagos pela Fundação Copel aos seus aposentados e pensionistas no ano de 2018.

O valor acima é resultado da soma das contribuições efetuadas pelos participantes do plano e patrocinadoras no ano de 2018.

 

PATRIMÔNIO TOTAL (R$ Mil)

O aumento verificado no patrimônio do Plano III decorre da entrada de novas contribuições e, principalmente, pela rentabilidade acumulada no período.


DEMONSTRAÇÃO DO ATIVO LÍQUIDO (R$ Mil)

O resultado acumulado até 2018 continua suficiente para cobrir os débitos e compromissos acumulados do Plano III, mantendo o plano em equilíbrio financeiro, restando um pequeno superávit ao final do período.


DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO ATIVO LÍQUIDO DO PLANO III (R$ Mil) 


Os resultados dos investimentos em 2018 foram positivos e bastante representativos, adicionando aproximadamente R$ 500 milhões ao plano. A parcela Capitalização (composta pelas reservas dos participantes ativos) atingiu a rentabilidade de 12,5%, ou o equivalente a 194% do CDI e a parcela Mutualismo (engloba o montante de recursos dos participantes aposentados) teve rentabilidade de 12,2%, ou 2,7% acima da meta atuarial.

O aumento nas Destinações é consequência direta do número de benefícios concedidos no período.

 

Ativo Total: representa o conjunto de bens e direitos do plano, ou seja, é o montante financeiro de que o plano dispõe para pagar seus compromissos.

  • Débitos Consolidados: correspondem às obrigações da entidade com o pagamento de benefícios, impostos a recolher e outros valores a pagar, inclusive o valor provisionado para gastos com processos eventuais, de natureza judicial e/ou outros.
  • Ativo Líquido: corresponde ao Ativo Total, deduzido dos compromissos da Entidade, exceto compromissos com os participantes. Consequentemente, o Ativo Líquido corresponde ao Patrimônio Social do Plano.
  • Provisões Matemáticas e Fundo Previdencial: a Provisão Matemática corresponde ao montante atual necessário para honrar o pagamento do benefício contratado pelo participante. Seu valor é dimensionado considerando a idade do participante, sua expectativa de vida, composição familiar e a taxa de desconto atuarial. Especificamente no Plano III, a apuração da Provisão Matemática se dá apenas para os benefícios concedidos, pois dada sua modalidade – Contribuição Variável – na fase de contribuição o benefício é constantemente ajustado ao saldo de conta do participante, exclusivamente de acordo com as suas contribuições e com a variação do valor da cota do plano. Já o Fundo Previdencial é formado pela parcela das contribuições do patrocinador que não é resgatável pelo participante, no caso de desligamento deste do plano, sendo seu valor atualizado conforme a variação do valor da cota do plano.
  • (=/-) Acréscimos e Decréscimos: é o saldo, no caso positivo, entre as adições (contribuições e rentabilidade dos investimentos) e as destinações (pagamento de benefícios e despesas do plano) durante o exercício.

RESULTADOS DOS INVESTIMENTOS










DESPESAS COM INVESTIMENTOS




SITUAÇÃO ATUARIAL DO PLANO




 

Analogamente ao resultado apresentado no encerramento do exercício de 2017, a avaliação atuarial de encerramento do exercício de 2018 apontou superávit técnico no Plano III, porém em nível levemente inferior, decorrente da redução da taxa de juro atuarial de 5,80% a.a. para 5,50% a.a., em linha com as recomendações do último estudo de aderência realizado. Não obstante a situação superavitária inferior àquela verificada no encerramento do exercício de 2017, a rentabilidade do plano superou a meta atuarial no exercício de 2018, de forma que o resultado obtido também decorre de fatores conjunturais. Especificamente, no período compreendido entre janeiro/18 e dezembro/18, a meta atuarial do Plano III foi de 9,43%, composta da taxa de inflação de 3,43% (INPC) mais a taxa de juros vigente no período de 5,80%, enquanto a rentabilidade alcançada no mesmo período foi de 12,35%, representando um ganho atuarial de 2,67%.


COMENTÁRIOS DO GESTOR DE INVESTIMENTOS – PLANO III

O Plano III está dividido em duas parcelas, sendo: A) Capitalização, que representa os recursos da parcela de benefícios a conceder, agregando as contas individuais dos participantes em atividade nas diversas patrocinadoras; e B) Mutualismo, que representa os recursos garantidores dos benefícios concedidos, isto é, os recursos dos participantes já aposentados.

As estratégias de alocação dos recursos são definidas a partir de estudo que busca otimizar a composição da carteira de investimentos, visando atender o compromisso previdenciário com os participantes em dois vertentes: primeiro, otimizar o retorno da poupança dos participantes que estão em atividade, e segundo, gerir os recursos dos participantes aposentados de forma a ter condições de pagar até o último benefício do último participante ou dependente.

A maior parte dos recursos do Plano está alocada no segmento de renda fixa: 78% na Parcela Capitalização e 86% na Parcela Mutualismo. A alocação de recursos em renda variável representa 16% e 8% na parcela Capitalização e Mutualismo, respectivamente. Nos demais segmentos estão alocados apenas cerca de 6% dos recursos na Capitalização e 6% no Mutualismo. Cabe ressaltar que há alocação em imóveis apenas na carteira Mutualismo, a qual representa 2% do total dos recursos dessa parcela.

A parcela Capitalização tem todos os seus investimentos marcados a mercado, e a rentabilidade desses ativos não guarda relação no curto prazo com um índice de referência absoluto (INPC +5,8%). Essa parcela apresentou expressivo resultado no ano, atingindo a rentabilidade de 12,5%, ou o equivalente a 194% do CDI, superando também seu benchmark híbrido¹ (11,0%). A parcela Mutualismo possui aproximadamente 57% de seus investimentos em títulos públicos indexados à inflação, marcados pela curva, com uma taxa média acima da meta atuarial, pois visa ter uma aderência maior ao passivo. Essa parcela também apresentou significativo resultado no ano, atingindo a rentabilidade de 12,2%, ou 2,7 p.p. acima da meta atuarial.

Nos investimentos em renda fixa ambos os planos foram beneficiados pelo fechamento das taxas juros, ainda que em diferentes proporções, dadas as diferenças de marcação dos títulos públicos entre as parcelas.

O segmento de renda variável obteve retorno de 16,2% em ambas as parcelas, contribuindo positivamente para o resultado absoluto em 2018, obtendo retorno acima do Ibovespa (15,0%).

Os segmentos de investimentos imobiliários, empréstimos a participantes e investimentos estruturados, que representam cerca de 6% do total de recursos do plano, apresentaram rentabilidades médias de 5,5%, 12,0% e 29,7%, respectivamente, no ano de 2018.

Considerando os resultados positivos da gestão dos investimentos e a manutenção das premissas atuariais, a solvência da parcela Mutualismo apresentou significativa melhora em 2018, estando em situação superavitária, mesmo contemplando os impactos da crise política e econômica vivenciada nos últimos anos.

Cabe ressaltar que a Fundação Copel tem uma filosofia de investimentos de longo prazo, refletida através de sua política de investimentos, pelo fato do seu passivo também ser de longo prazo. Nesse caso é importante que os resultados sejam avaliados em horizontes maiores. Analisando o histórico do plano desde setembro de 1998 em termos reais, ajustando todos os retornos pelo IPCA, constatamos que o crescimento composto do plano é de aproximadamente 8,8% ao ano (15,7% nominal), ao passo que o índice de referência (atuarial) apresentou valorização composta de 5,9% (12,7% nominal) e a poupança de apenas 1,6% ao ano (8,1% nominal) no mesmo período. Vale observar que nesse período o descasamento dos índices de inflação (INPC vs IPCA) foi de aproximadamente 0,09% ao ano, apresentando desafio adicional para a gestão dos investimentos.

¹ Benchmark da Parcela Capitalização é um índice híbrido com a composição de 45% IMA-B*, 40% CDI e 15% IBOV.

*IMA-B: O Índice de Mercado Anbima representa a evolução da carteira teórica de títulos públicos federais indexados ao IPCA a preços de mercado.

 
COMENTÁRIOS DO GESTOR DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS – PLANO III

Mesmo havendo redução na taxa de juros que é utilizada para trazer a valor presente as reservas matemáticas do plano, de 5,80% para 5,50%, por ocasião do encerramento do exercício de 2018, a avaliação atuarial apontou situação superavitária, ou seja, valor superior ao necessário para pagamento das suas obrigações. O superávit é um pouco menor do que aquele verificado no encerramento do exercício de 2017, devido à redução da taxa de juros, isso sem considerar o ajuste de precificação dos títulos públicos federais indexados à inflação que estão marcados na curva. Esse ajuste corresponde à diferença entre o valor dos títulos calculados considerando a taxa de desconto atuarial de 5,50% e o valor contábil desses títulos (os quais estão descontados pelas taxas de aquisição dos papeis). Se fosse considerado o ajuste de precificação, o resultado seria R$ 73,3 milhões maior. A principal razão para continuarmos tendo superávit foi novamente a boa rentabilidade do plano, sendo que a Parcela Mutualismo do plano superou a meta atuarial em 2,7%.