Resumo dos resultados do Plano III | Fundação Copel

CARACTERÍSTICAS

Trata-se de um plano previdenciário na modalidade de Contribuição Variável, no qual o benefício é determinado através da aplicação de um fator atuarial sobre o saldo da poupança previdenciária acumulado pelo participante e patrocinador, durante a fase de contribuição. Uma vez concedido o benefício, o mesmo é pago vitaliciamente.

PATROCINADORAS DO PLANO

• COPEL
• COMPAGAS
• FUNDAÇÃO COPEL
• INSTITUTOS LACTEC
• TRADENER
• UEGA
• ELEJOR

QUADRO DE PARTICIPANTES DETALHADO

BENEFÍCIOS E CONTRIBUIÇÕES (R$ Mil)

O valor acima é resultado da soma dos benefícios pagos pela Fundação Copel aos seus aposentados e pensionistas no ano de 2017.

O valor acima é resultado da soma das contribuições efetuadas pelos participantes do plano e patrocinadoras no ano de 2017.

PATRIMÔNIO TOTAL (R$ Mil)

O aumento verificado no patrimônio do Plano III decorre da entrada de novas contribuições e, principalmente, pela rentabilidade acumulada no período.

DEMONSTRAÇÃO DO ATIVO LÍQUIDO (R$ Mil)

O resultado alcançado em 2017 foi suficiente para cobrir os débitos e compromissos acumulados do Plano III, deixando o plano novamente em equilíbrio financeiro, restando um superávit ao final do período.

DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO ATIVO LÍQUIDO DO PLANO III (R$ Mil) 

Os resultados NOMINAIS (sem descontar a inflação) dos investimentos de 2017 em comparação com 2016 foram levemente inferiores, essencialmente por conta do nível da inflação bem abaixo que o período anterior. Considerando todas as adversidades decorrentes do ambiente político e econômico, os resultados obtidos podem ser considerados excelentes.

Ativo Total: representa o conjunto de bens e direitos do plano, ou seja, é o montante financeiro de que o plano dispõe para pagar seus compromissos.

  • Débitos Consolidados: correspondem às obrigações da entidade com o pagamento de benefícios, impostos a recolher e outros valores a pagar, inclusive o valor provisionado para gastos com processos eventuais, de natureza judicial e/ou outros.
  • Ativo Líquido: corresponde ao Ativo Total, deduzido dos compromissos da Entidade, exceto compromissos com os participantes. Consequentemente, o Ativo Líquido corresponde ao Patrimônio Social do Plano.
  • Provisões Matemáticas e Fundo Previdencial: a Provisão Matemática corresponde ao montante atual necessário para honrar o pagamento do benefício contratado pelo participante. Seu valor é dimensionado considerando a idade do participante, sua expectativa de vida, composição familiar e a taxa de desconto atuarial. Especificamente no Plano III, a apuração da Provisão Matemática se dá apenas para os benefícios concedidos, pois dada sua modalidade – Contribuição Variável – na fase de contribuição o benefício é constantemente ajustado ao saldo de conta do participante, exclusivamente de acordo com as suas contribuições e com a variação do valor da cota do plano. Já o Fundo Previdencial é formado pela parcela das contribuições do patrocinador que não é resgatável pelo participante, no caso de desligamento deste do plano, sendo seu valor atualizado conforme a variação do valor da cota do plano.
  • (=/-) Acréscimos e Decréscimos: é o saldo, no caso positivo, entre as adições (contribuições e rentabilidade dos investimentos) e as destinações (pagamento de benefícios e despesas do plano) durante o exercício.

RESULTADOS DOS INVESTIMENTOS










 

COMENTÁRIOS DO GESTOR – PLANO III

O Plano III está dividido em duas parcelas, sendo: A) Capitalização, que representa os recursos da parcela de benefícios a conceder, agregando as contas individuais dos participantes em atividade nas diversas patrocinadoras; e B) Mutualismo, que representa os recursos garantidores dos benefícios concedidos, isto é, os recursos dos participantes já aposentados.

As estratégias de alocação dos recursos são definidas a partir de estudo que busca otimizar a composição da carteira de investimentos, visando atender o compromisso previdenciário com os participantes em dois vertentes: primeiro, otimizar o retorno da poupança dos participantes que estão em atividade, e segundo, gerir os recursos dos participantes aposentados de forma a ter condições de pagar até o último benefício do último participante ou dependente.

A maior parte dos recursos do Plano está alocada no segmento de renda fixa: 81% na Parcela Capitalização e 87% na Parcela Mutualismo. A alocação de recursos em renda variável representa 15% e 8% na parcela Capitalização e Mutualismo, respectivamente. Nos demais segmentos estão alocados apenas cerca de 4% dos recursos na Capitalização e 5% no Mutualismo. Cabe ressaltar que há alocação em imóveis apenas na carteira Mutualismo, a qual representa 2% do total dos recursos dessa parcela.

A parcela Capitalização tem todos os seus investimentos marcados a mercado, e a rentabilidade desses ativos não guarda relação no curto prazo com um índice de referência absoluto (INPC +5,8%). Essa parcela apresentou expressivo resultado no ano, atingindo a rentabilidade de 14,1%, ou o equivalente a 142% do CDI, superando também seu benchmark híbrido¹ (13,4%). A parcela Mutualismo possui aproximadamente 50% de seus investimentos em títulos públicos indexados à inflação, marcados pela curva, com uma taxa média acima da meta atuarial, pois visa ter uma aderência maior ao passivo. Essa parcela também apresentou significativo resultado no ano, atingindo a rentabilidade de 12,0%, ou 4,0 p.p. acima da meta atuarial.

Nos investimentos em renda fixa ambos os planos foram beneficiados pelo fechamento das taxas juros, ainda que em diferentes proporções, dadas as diferenças de marcação dos títulos públicos entre as parcelas.

O segmento de renda variável obteve retorno de 26,0% em ambas as parcelas, contribuindo positivamente para o resultado absoluto em 2017, ainda que obtendo retorno pouco abaixo do Ibovespa (26,9%).

Os segmentos de investimentos imobiliários, empréstimos a participantes e investimentos estruturados, que representam cerca de 5% do total de recursos do plano, apresentaram rentabilidades médias de 22,2%, 10,0% e 33,7%, respectivamente, no ano de 2017.

Considerando os resultados positivos da gestão dos investimentos e a manutenção das premissas atuariais, a solvência da parcela Mutualista apresentou significativa melhora em 2017, estando em situação superavitária, mesmo contemplando os impactos da crise política e econômica vivenciada nos últimos anos.

Cabe ressaltar que a Fundação Copel tem uma filosofia de investimentos de longo prazo, refletida através de sua política de investimentos, pelo fato do seu passivo também ser de longo prazo. Nesse caso é importante que os resultados sejam avaliados em horizontes maiores. Analisando o histórico do plano desde setembro de 1998 em termos reais, ajustando todos os retornos pelo IPCA, constatamos que o crescimento composto do plano é de aproximadamente 8,9% ao ano (16,0% nominal), ao passo que o índice de referência (atuarial) apresentou valorização composta de 6,1% (13,0% nominal) e a poupança de apenas 1,7% ao ano (8,3% nominal) no mesmo período. Vale observar que nesse período o descasamento dos índices de inflação (INPC vs IPCA) foi de aproximadamente 0,11% ao ano, apresentando desafio adicional para a gestão dos investimentos.

¹ Benchmark da Parcela Capitalização é um índice híbrido com a composição de 45% IMA-B*, 40% CDI e 15% IBOV.

*IMA-B: O Índice de Mercado Anbima representa a evolução da carteira teórica de títulos públicos federais indexados ao IPCA a preços de mercado.